domingo, 30 de outubro de 2016

Geovanna Tecilla, Aprendiz de Vênus, melhor youtuber, quem é Geovanna,
Quem sou eu?

Hey! Meu nome é Geovanna Tecilla, tenho 19 anos e mil sonhos. Moro em Jaraguá do Sul, mas pretendo conhecer o mundo todo. Não que eu tenha ficado todos esses anos presa nessa cidade, até que eu conheci algumas cidades do sul do nosso Brasil, mas meus mil sonhos querem atravessar fronteiras.
Quando eu tinha sete anos de idade, eu escrevi um conto chamado "Sadaf" (se alguém percebeu, é a escrita contrária de "fadas"), e ele foi reescrito muitas vezes. Alguns anos depois — para ser mais precisa, aos meus onze anos —, comecei a escrever um livro sobre uma paixão por um astro, isso na época de Crepúsculo, eu era Team Jacob, então já sabemos para quem era escrito aquele livro, não é? Entre outros cinco ou seis livros que nunca foram acabados.

Por que criou o blog?

Há muito tempo tenho vontade de ter um blog, mas somente aos 19 que criei coragem de pôr a minha voz na internet, e vejam só, aqui estou eu, sendo corajosa! Eu prepararei vários conteúdos diferentes para poder agradar o público que tenha os mesmos interesses que eu.

Por que o nome do blog?


Aprendiz de Vênus é uma frase muito significativa para mim, a palavra aprendiz foi escolhida porque acredito estarmos nesse mundo para aprendermos cada vez mais e Vênus é a deusa do amor e da beleza na mitologia romana, e é nisso que eu acredito, nós seremos eternos Aprendizes de Vênus. Tudo que a gente aprende e ensina com amor funciona de um jeito mágico, acredito num mundo melhor, acredito na energia dos nossos pensamentos e nossas atitudes. Isso é ser Aprendiz de Vênus.

Me acompanhem nas redes sociais!

Estas são as redes sociais que eu mais uso, eu até tenho outras, mas duvido valer a pena, no momento, frisa-las aqui:

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

O garoto que colecionava marionetes


Ei, garota. Será que você não percebe que está tudo errado? Você não vê que ele não é tão legal assim? Não sente que ele só te faz de boba? Ele te faz mal e você está ceguinha. Isso não é culpa sua, é só que ele é muito bom no que faz.

Já te contei que ele coleciona marionetes? Você é a favorita dele, no momento! Ele só quer plateia, faz seus showzinhos e te faz jogar conforme as regras dele. Te larga numa caixa escura, enquanto ele se diverte com os amigos e certamente ele zomba de você, mas ninguém percebe que ele é mal, porque como você diz, ele é legal demais.

Ei, garota. Preciso dizer quantas pessoas pararam na mesma caixa? Não é a toa que todo mundo sempre é injusto com ele, garoto-vítima. Faz algum sentido se eu disser que ele é um disco riscado? Sempre as mesmas histórias, só muda a marionete, mas claro, ele é legal demais para alguém notar isso.

Quando você sai, a hipocrisia começa, será que essa insegurança toda é realmente culpa sua? Ou talvez ele cobra de ti os erros que ele vem cometendo? Mas claro, você é cega demais para perceber.
Engraçado! Você é a Menina-Marionete e ele, o Grande-Mentiroso. Te mexe, remexe, joga, balança, machuca, cada vez mais e mais e mais e mais. Mas ele é legal demais para você não se convencer disso.

Ei, garota. Ele diz te amar tanto, você acredita de novo. Você pensa que ele é legal demais para estar mentindo. Não é a toa que seus pais não gostam dele, será que ele é tão legal assim? Seus pais o odeiam de um jeito que você também deveria, mas você o ama demais para largar mão desse cara tão legal!

Realmente, garota, até quando vai acreditar nesse papo? Ele te faz pensar que você tem controle de tudo, que seus gelos irão mudar seus comportamentos doentios, mas é tudo joguinho dele, o coração frio dele é que te congela por dentro, te muda e te enlouquece.

Ah! Mas é claro, ele te tirar o ar — e a liberdade —, te leva para as nuvens — mas é queda na certa! —, diz te amar — e te xinga a ponto de provar o contrário —, só que você está sendo burra demais para lembrar que ele age de má-fé.

Você não é tão legal, por isso que precisa de um cara legal demais como ele! É isso que ele te faz acreditar, mas você está inconsciente, já perdeu o controle de tudo. Ele é legal demais para ser verdade.

Então começará o próximo espetáculo, mas ele é a estrela e você? A Menina-Marionete.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Resenha: O TEOREMA KATHERINE

Hey, pessoal! Um dia fui para um almoço de Natal em Campo Alegre (SC) e por mais triste que foi ficar o dia inteiro sem crédito e sem wifi, eu tive a sorte de levar o livro O Teorema Katherine de John Green. Por um bom tempo a capa do livro e a sinopse do livro gritavam: "ME COMPRE!", e eu não resisti. Fazia uns dois meses que eu comprara o livro, ficou parado na minha estante um bom tempo e com toda certeza foi o melhor dia para eu ter lido este livro.

Sem spoiler, vamos começar:
  • Uma das coisas mais interessantes que até quem não leu sabe, é que Colin Singleton já namorou dezenove Katherines, e por incrível que pareça, todas terminaram com ele; 
  • Colin e seu melhor amigo, Hassan (que é um estranho muçulmano que acima de tudo é um comediante em tanto, tem uma facilidade de não fazer nada e não levar a sério absolutamente nada, como ele mesmo diz: adora ficar em casa coçando o saco!) resolvem fazer uma viagem pelos Estados Unidos em busca da cura da última desilusão amorosa de Colin por K-19 (Décima nona Katherine); 
  • O que eu mais amo no livro é que você aprende um monte de palavras de outras línguas, já que Colin é um garoto prodígio que é fluente em onze línguas; 
  • Ele ensina muita coisa no livro, coisas que você nunca imaginaria conhecer, como por exemplo: Nikola Tesla, um grande inventor, amava um pombo da mesma forma que o homem ama uma mulher; 
  • Ele é o mestre da criação de anagrama; 
  • Colin tem muita necessidade emocional de se tornar um cara importante (famoso, como é citado no livro) e ele se importa muito em deixar de ser um garoto prodígio e virar um gênio; 
  • Colin como Gus de A Culpa é das Estrelas tem medo do esquecimento; 
  • Colin e Hassan falam muito "fugging", "fugger", "fug" e tal... que é a mesma coisa que fuck; 
  • Colin passa o livro todo tentando convencer o Hassan a entrar na faculdade, já que ele ficou sem estudar por um ano; 
  • Basicamente todo o livro se passa numa cidadezinha no interior do Tennessee; 
  • O livro tem muita coisa rosa no enredo (e, não que o livro seja clichê, mas a Hollis, que é mãe de Lindsey.); 
  • Lindsey é uma garota caipira que aparece na vida dos amigos prodígios, cujo seu namorado também se chama Colin, só que O Outro Colin (como os garotos o chamam no livro, abreviando com OOC) é um babaca; 
  • Colin tem seu momento eureca e, resolve criar um Teorema para descobrir a probabilidade de ser Terminante e Terminado numa relação, baseado nas características das Katherines e de Colin; 
  • Mesmo Colin tendo mais potencial linguístico, o seu estudo baseado nos seus relacionamentos são matemáticos (até tem uma fórmula enorme pra chegar nessa conclusão) e o livro tem muitos gráficos.
Eu amo escrever, mas a coisa que eu mais admiro e invejo no John Green é a intimidade que ele tem e expressa com seus personagens. Tenho ainda muita dificuldade em conhecer cem porcento os meus personagens. Acredito que John tem muito de querer mostrar que se pode fazer a diferença no mundo e, eu tenho muita dificuldade em acreditar que os personagens dos livros que li dele, sejam esquecidos, não consigo conviver com o fato de que (1) eles não são reais, e (2) de pensar que alguém consiga esquecê-los até porque eles deixam claro o tempo todo de que querem fazer a diferença no mundo.

Tente algo novo!

Vida é um caminho sem volta, não se pode hesitar. Cada passo dado, cada movimento feito, ficará sempre marcado na minha história, afinal a minha vida é feita dos meus sonhos, meu desejo para o futuro. Tudo que sinto. Minhas lágrimas, meus sorrisos, meus medos, minhas lembranças, minhas conquistas, minhas derrotas, minhas insistências.

Vida é tudo que me cerca. Cada manhã que acordo mal-humorada ou ainda mais preguiçosa. Mas o que realmente me deixa feliz, é saber que a minha vida continua. Tenho as pessoas que amo, umas que nem gosto tanto, outras que prefiro distância. Só que mesmo a distância vem me cercar.

Vida é tudo que se quer enxergar. O que acontece até no escuro do quarto com os olhos fechados, é o vento que balança as cortinas, a água que move nas praias, o raio solar passando pelos galhos das árvores, a lama após um dia chuvoso. Os elementos, os quatros elementos; isso é vida. Meu ar, minha água, meu fogo e minha terra.

Vida é tentar algo novo. É mudar o quarto, a posição da cama ou botar as camisetas em outra prateleira, mas continuar mantendo os seus princípios. Ser forte e fortalecer o próximo. Tentar ser melhor a cada segundo que passa.

Vida é mostrar o lado bom dela. Ser aquele amigo para todas as horas, uma pessoa feliz, sincera, amável e ma-ra-vi-lho-sa. Dizer para um amigo o quão importante é quando se sente sem esperanças, ou dizer para mãe que é a melhor mãe do mundo mesmo quando você sabe que nunca teve outra para comparar.

Vida é eterna enquanto dura. Não sei quanto tempo ficarei aqui, muito menos quanto a minha vida continuará a mesma e sabe-se lá se amanhã vou almejar os mesmos sonhos. Porém, não sei o que é eterno, nem sei o porquê tanto o mencionam em declarações de amor.

Vida não é um conto de fadas. O fato é que até mesma eu, pensei que fosse. Já dizia uma grande sábia, conhecida como minha mãe: "ou você aprende pelo amor ou aprenderá pela dor". Faço a menor ideia de quantas foram as vezes que escolhi a segunda opção! Confiei e amei, mas é com o tempo que percebemos que cada um oferece o que tem para dar. 

Vida é ser menos humano possível. Sim, humano é ser racional. Mas, e se racionalidade tivesse outro significado? E se as pessoas mudassem o sentido das suas atitudes? Talvez aí, ser humano seria mais, mas enquanto mantemos a racionalidade expressada com atitudes ruins, prefiro ser irracional. Serei eu um pássaro que quando seu canto é escutado percebe-se como tal se sente? Ah, o canto é a voz do coração!

Vida é o sopro do bem. É simplesmente com um passe de ônibus para o paraíso. Posso dizer que o bem se precisa fazer ou melhor, é algo que deve ser querido – de coração – fazer. É ser o sorriso em um deficiente, ser a esperança de cura de uma pessoa doente, será que isso basta?

Vida é reflexo sentimental. É o espelho no qual me reflito, tão linda e maravilhosa, pois o que é mais belo do que a beleza interior? Não há. Se for uma flor colorida, cheia de vida, pode ser a mais simples de todas, mas é o valor da intenção de ser diferente e melhor todos os dias que chama a atenção.

Quer saber o que é a vida? Faça que nem eu, seja e ame quem é. Deixe de lado o que os outros acham do que você faz e deixa de fazer com a sua vida. Apresse-se cautelosamente, o tempo continua a correr, pense bem suas escolhas, valorize as pequenas coisas e dê importância à elas, como se dá ao primeiro passo de uma criança, isso é vida.

domingo, 21 de dezembro de 2014

A culpa

Ela morava numa casa de dois andares. Pequena para uma família e grande demais para uma pessoa. Três quartos, dois desocupados há mais ou menos um ano. Os móveis e decorações intactas, de uma nostalgia em tanto. Ela observava da porta de um dos quartos, os brinquedos jogados no chão, a cama de solteiro desarrumada. A cortina fechada e a poeira devastando aquele cômodo. As bonequinhas de porcelana na estante e alguns livros infantis enfileirados. Apertou a blusa em sentido ao coração, doía tanto. Segurou o choro mais uma vez, fechou a porta e viu a placa com uma menininha esculpida e nela escrita: Laura.

Seguiu pelo corredor do segundo andar – onde os quartos ficavam – e foi para o outro quarto abandonado, dessa vez havia uma placa escrita: PERIGO! Agora não havia nada que a impedisse de entrar – ou talvez houvesse motivos demais para que ela não fizesse isso. Ela girou a maçaneta, e ouviu o ruído que a porta fazia na dificuldade de empurrá-la. Se não fosse pela necessidade dela, ainda haveria caixas de pizzas e hambúrgueres espalhadas pela escrivaninha e outros cantos do quarto. O fone de ouvido pendurado no monitor e a CPU enfeitada com alguns adesivos. Pôsteres de bandas de rock dificultando a aparência calma das paredes pintadas de bege, como também as pichações mal-elaboradas. A escuridão era tamanha, mas não se sabia se o quarto que era tão escuro, ou as lembranças que a fizera ver tudo sem cor e morto. Morto?

Era verão, as empresas tinham liberado alguns funcionários para as férias, e por azar ela tinha sido uma deles. As malas prontas e o porta-malas aberto era uma das últimas lembranças felizes daquela família. Caio a beijara enquanto carregava a mala de Laura para dentro do carro e a pequena vinha atrás com o seu elefante de pelúcia, vestia um vestido rosa com babados e tinha um sorriso único e mágico estampado no rosto, teve um pouco de dificuldade, mas conseguiu subir no banco de trás do carro. Laura chamava por sua mãe para que a abraçasse, e por muito tempo se culpou por não ter dado nela o abraço que ela tanto pedia.

Junior, adolescente, quinze anos. Vestia uma toca e blusa de banda e não sabia-se mais se os fones de ouvidos eram objetos ou se haviam nascido com ele, já que ele sempre andava com aquilo pendurado nos ouvidos. Dentre suas manias de adolescente rebelde, constava o fato de referir-se aos seus pais pelo nome – Caio e Lúcia –, e por muito tempo esta atitude os incomodava. Ele carregava nas costas uma mochila, jogou-a no porta mala, e depois entrou no carro sentando ao lado de sua irmã.

“Onde está sua mala, filho?” – questionou Lúcia, ele não respondeu por causa dos fones de ouvidos, que os graves musicais podiam ser ouvidos por qualquer um. Mas como toda e qualquer outra criança, Laura era uma observadora em potencial.

“O que ele precisa tá na mochila, mamãe.” – sorriu para sua mãe, e voltou a brincar com o seu elefante.

Lúcia respirou fundo, e preferiu não estragar o clima da viagem, deixou por conta de Junior sua necessidade para as férias de duas semanas que nunca existiram. Caio, sorria de uma forma jovial, apesar de que a idade já trazia algumas marcas próximas aos olhos e no cenho. Ele trazia mais duas malas para guardar, assim que as pusera no porta-malas, ele o fechou. Abraçando Lúcia de uma forma que nunca havia abraçado antes, seria sua despedida?

Ambos entraram no carro. Fora ligado. Lúcia dirigia e seguia pela cidade até a BR-101, de Barra Velha-SC até Lages. Os olhares eram vagos enquanto tocava sertanejo universitário na rádio, o travesseiro que estava disposto no banco de trás já era ocupado por Laura.

“Mamãe, abaixa um pouco o volume? Eu quero dormir.” – disse de forma serena, e sua mãe atendeu o pedido. Aqueles foram os últimos minutos em que Laura estivera acordada.

Seguindo sempre em frente, a mão de Lúcia estava sobre a do Caio, havia carícia no seu toque. E em poucos minutos o caminhão que estava ao seu lado, se perdera na curva, jogando a carreta sobre o carro daquela família, empurrando o carro e o esmagando de trás para frente, tudo em câmera lenta, via seus filhos sumindo nos destroços do carro.

Três mortes e uma sobrevivente. Dor e culpa eram os sentimentos que Lúcia carregaria pelo resto da vida, se sentia a assassina das pessoas que ele mais amava. Mas, será que era mesmo? Nunca ninguém poderia responder ou tirar essa culpa dela, jamais. Só lhe restava dores psicológicas e físicas, causadas por um acidente. Acidente. Acidente. Acidente. Ela poderia pensar inúmeras vezes nessa palavra, mas para ela, a culpa seria eterna e nunca a deixaria seguir em frente.